TORRE DE BELÉM
O dia nem rompia, partiam as naus
De Belém a buscar outros lugares
Bravos navegantes sois calhaus
Seixos soltos a desbravar algures.
Doutos de outros séculos a ensinar
Que não existem fronteiras no pensar
Ah meu Portugal, a ti hei de voltar,
“a barca da gloria” longe vai passar!
E sobrevive o baluarte que avança
Sobre a água dos rios, Manuelino.
Símbolo de soberania e pujança.
A guardiã do Tejo, impõe esperança
No claustro assentada a Virgem edifica
E São Vicente abençoa, dando-lhe a graça!
Autor: Tania Mara Camargo
Torre de Bélem...minha amiga Que saudades...
Que linda que estás
Imponente, maravilhosa
Ao Sol sempre airosa...
Abraça-me!
Preciso sentir-te
Sentir as tuas pedras frias
Que me acalmam...
Invejo-te!
Oh! Como te invejo...
De um amor que juraste
A esse Tejo
Que continua ajoelhado
A teus pés
E o podes sentir sempre...
Calmo ou agitado...
Mas sempre...
Se choro?
Sim...choro...
Foi por isso que vim...
Foste testemunha dos momentos
Mais importantes da minha vida
Viste-me dar os primeiros passos
Viste-me crescer
E amar pela primeira vez...
Por isso
Venho entregar-te as minhas lágrimas
Para que o teu amor
As leve ao mar
E que ele afogue a minha dor...
E que nunca mais
Deite uma lágrima por este amor
Depois...parto...
Rumo ao norte...
Mas antes quero deixar
Duas palavras
-Amor e saudade –
No recanto da tua sala
Para que as entregues
Se ele um dia cá passar...
Sim...ele vai senti-las...
E por nós vai sonhar...
Agora adeus...
Minha amiga...
Sei que contigo aqui
Nunca estou perdida
Minha Torre de Belém
Testemunha da minha vida...